Flâneur

Os flâneurs são pessoas observadoras e pacientes que se põem a observar tudo e todos. Eles vagam pelas ruas no meio das multidões, absorvendo todos os aspectos, peculiaridades e curiosidades dos ambientes por onde perambulam.
Os primeiros flaneurs apareceram no Brasil no final do século XIX no Rio de Janeiro, locomoviam-se a pé, sem pressa e estavam em todos os locais, contudo não eram percebidos, pois não se inseriam na paisagem.
João do Rio definiu a arte de flanar do seguinte modo: “Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e contemplar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. É ter a distinção de perambular com inteligência”.

Relação dos termos

As três definições aqui citadas se relacionam pelo fato de serem termos franceses e diferentes modos de caminhar, de perceber a cidade, a sua formação e os "personagens" que nela estão inserida. O Flâneur é um crítico como os situacionistas, contudo o flâneur é um crítico interno que busca no meio das multidões a sua identidade, mesmo em meio a tantas mudanças da sociedade. Os situacionistas era críticos de uma forma mais ampla, buscando a participação, a não alienação da sociedade em relação ao meio em que elas vivem.
A arquitetura e o Urbanismo está presente no conceito destas definições pois compõem o espaço por onde os traceus(e), os flâneurs e os que praticam a deriva estão.